Centro Cultural apresenta as primeiras exposições do ano
A inauguração das primeiras exposições no Centro Cultural de Lagos está marcada para dia 26 de janeiro, pelas 17h00. Sam Abercromby e João Vilhena serão os primeiros artistas a apresentar as suas obras neste equipamento municipal, que reabriu portas no dia 15 de janeiro.
SEBASTIANISMO REVISITADO, por Sam Abercromby é uma exposição de pintura que inaugurará no âmbito das Comemorações da Elevação de Lagos a Cidade, e que retrata uma das figuras históricas com grande relação com o município entre eles um dos momentos mais marcante, a Elevação de Lagos a cidade em 27 de Janeiro de 1573. Sam Abercromby tem 71 anos e é australiano. Veio para Portugal em 1986 e há 22 anos que mora em Vila do Paço, onde tem o seu atelier. Exprime-se através da pintura, da arquitetura, da música, da cerâmica e da literatura. Com a sua longa carreira em Portugal o artista já realizou várias exposições individuais coletivas.
Na série da obra sobre D. Sebastião o artista renegoceia o mito e a vida de Sebastião de Portugal. Desde que começou a ler e a pesquisar sobre D. Sebastião ficou fascinado e entristecido com a história dele. Reserva o direito, como artista, de levar o mito e as histórias oficiais aceites e “reinvestir”, dando-lhes interpretações criativas, subjetivas, líricas e heroicas…capacitando-as como estímulos para um novo caminho da sua pintura.
Nesse mesmo dia, inaugura a exposição de fotografia O AMOR MATA, de João Vilhena.
Esta exposição resulta de uma investigação que o fotógrafo iniciou há cerca de 8 anos sobre a violência doméstica e que tem incidido, sobretudo, na recolha de inúmeras notícias com este flagelo social. A esta abordagem humanista, acrescenta João Vilhena a sua sensibilidade artística e a sua capacidade de representar, numa experiência também ela violenta, uma situação à qual estão sujeitas (demasiadas) mulheres portuguesas. Desde logo, e porque este é um trabalho artístico, está subjacente esta opção autoral de João Vilhena: a de considerar a violência doméstica feminina, em território nacional, onde continua a estar muito presente a religiosidade cristã, sendo certo que se trata de um problema que ultrapassa géneros, fronteiras e credos.
As exposições estarão patentes ao público até 6 de abril.