Câmara de Lagos aprova nova Moção exigindo dignidade dos serviços de saúde prestadoss
A Câmara Municipal de Lagos aprovou, por unanimidade, na reunião pública que decorreu no dia 04 de janeiro, uma Moção “exigindo ao Governo a tomada de medidas urgentes que assegurem o acesso de todos a cuidados de saúde dignos e essenciais”.
Nesta Moção, o executivo municipal decidiu, por um lado, manifestar ao Governo, com conhecimento do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e à ARS Algarve, a sua “contestação pela falta de qualidade na resposta da prestação de serviços de saúde que estão a ser dispensados aos utentes do Hospital de Lagos/região e o protesto e não aceitação do prosseguimento desta situação”. Por outro lado, exigir do Governo “medidas urgentes que promovam a contratação, dos profissionais de saúde necessários para colmatar o elevado número de utentes que não têm, em tempo útil, resposta nos serviços de saúde prestados nos hospitais da região e o abandono a que o Governo os tem condenado”.
Esta Moção vem “juntar-se” a todas as anteriores moções aprovadas pela Câmara, relativas à defesa da melhoria da qualidade dos serviços de saúde prestados especificamente em Lagos, Aljezur e Vila do Bispo e, de forma geral, na região do Algarve.
“Somos por um serviço de saúde/serviço de urgência com qualidade, com mais recursos, com mais capacidade de resposta, com mais dignidade”, pode ler-se no documento aprovado, por unanimidade, em Reunião de Câmara decorrida no passado dia 04 de janeiro.
De referir que esta moção foi apresentada à Câmara no sentido de “pugnar pela dignidade dos serviços de saúde prestados na região, exigindo ao Governo a tomada de medidas urgentes que assegurem o acesso de todos a cuidados de saúde dignos e essenciais, consagrados de forma explicita na Constituição da República Portuguesa”. Na base deste “protesto” está a situação extrema verificada no dia 3 de janeiro, data em que a Administração do CHA – Centro Hospitalar do Algarve, tomou a decisão de retirar os médicos ao serviço no Hospital de Lagos ficando o mesmo em risco de funcionamento, prática infelizmente recorrente, com inúmeras escalas sem médico atribuído.