EXPOSIÇÃO “COR É VIDA” de Vera Christians, Brigitte von Humboldt e BJ Boulter
9 de novembro a 28 de dezembro | 3.ª a sábado 10h00-18h00
Local: Centro Cultural de Lagos - Sala de Exposições 1
Org.: CM Lagos
Entrada livre
O Centro Cultural de Lagos apresenta três artistas plásticas residentes no Algarve, inspiradas pela luz, cores e pureza do ar.
Esta exposição é reveladora da da paixão das artistas pelas cores e natureza e pelo Algarve. Mostram esse carinho sob a luz protetora e reveladora da beleza do mundo, referindo "Como artistas, somos influenciadas pela natureza que nos rodeia: a luminosidade que realça as cores do céu e do mar, a pura beleza da paisagem em que as montanhas são guardiãs do horizonte a norte, a imensidão do azul do oceano a sul e a oeste, com a sua vida marinha, a viva agitação dos mercados locais, os sons, os cheiros, e mais cores, mais atmosfera. Tudo isso está representado no nosso trabalho."
O mundo está repleto de todas as tonalidades de cores imagináveis, sinais fundamentais e importantes de alerta ou compreensão para qualquer ser vivo, humano, animal ou planta. Têm enorme influência em nossas vidas diárias através da publicidade, regulamentação de trânsito, arquitetura, design e arte, citando apenas alguns exemplos.
Existem centenas de teorias de cores, que remontam a culturas antigas e religiões em todos os períodos históricos, até tempos modernos. Inclusive algumas pessoas veem certas cores quando ouvem música ou vice-versa, um fenômeno chamado “Cromestesia”.
Para um artista, a cor é uma forma de expressão; de esperança, de alegria, de exuberância; por vezes, uma forma de lidar com a dor, a raiva e a frustração. O artista pode usar a cor para retratar um estado de espírito e tocar diretamente o espectador. É uma visão no olho da mente ou a perceção de uma visão diante do artista expressa ao preparar a paleta de cores. No processo criativo, a influência das cores percorre o nosso corpo, transpõem-se na obra de arte, o que pode, por si só, causar a criação de uma nova cor para aprimorar a visão original. A partir daí, uma obra de arte emerge.
BIOGRAFIAS:
Natural de Alemanha, Vera Christians estudou História de Arte em Munique e Belas Artes nas Academias de Arte em Bad Reichenhall e Trier. Começou a expor os seus trabalhos na Sociedade de Arte e Galerias, na Alemanha, seguidas de exposições coletivas e individuais em França, Itália, Hungria, Mónaco e em Portugal. Em 2018, foi convidada pela cidade da Guarda e respetivo museu para pintar ao vivo durante o “SIAC 3 - Simpósio Internacional de Arte Contemporânea”. Fez também várias viagens de estudo para pintar e desenhar em Itália (Veneza, Florencia e Umbria). Uma característica da sua obra são as pinturas em formatos muito grandes, tanto abstratas como figurativas. O seu estilo artístico foi influenciado pelas artistas do Expressionismo Abstrato Americano, como Joan Mitchell e Elaine de Kooning. A abundância das cores da flora no Algarve inspira, de uma maneira geral, a sua obra, nomeadamente na pintura abstrata, tal como a fauna marítima inspira as suas pinturas figurativas.
Natural de Alemanha, Brigitte von Humboldt licenciou-se na Academia de Belas Artes da Universidade de Mainz (Alemanha). Desde 1979 que reside em Lagos e trabalha no seu estúdio ”ATELIER AZUL”, na Meia Praia. Desde 2006 que é membro fundador do grupo “Algarve Artists Network”. As suas obras estão expostas em museus e galerias de arte em vários países e podem encontrar-se em coleções públicas e privadas. Participa regularmente em feiras de arte internacionais. As suas inúmeras viagens a locais remotos e exóticos são a fonte de inspiração da sua criação artística. As obras fascinam pela sua intensidade, força e luminosidade.
BJ (Bárbara Jane) é uma artista multicultural formada pelo Colégio de Artes de Saint Martin’s e pela Lucie Clayton Escola de Design, em Londres. Em 1962, veio de Tanzânia para o Algarve com os seus pais, onde se encontra a viver até aos dias de hoje. Ao longo da vida, a sua profissão como cenógrafa e produtora de filmes levou-a a percorrer o mundo atrás da câmara cinematográfica, criando sempre o cenário para contar as histórias dos outros. Porém, nos últimos anos, a sua história mudou. O foco das suas obras tem estado nas questões ambientais que ameaçam a nossa existência neste planeta. A maioria do seu trabalho é figurativa - histórias de animais selvagens e uma miríade de culturas étnicas inspirados pelas suas viagens pelo mundo e por safaris regulares na África oriental, mas também do seu país adotivo - Portugal.